domingo, setembro 16, 2007

O Espelho do Porto

É com lamento que escrevo, a face do Porto está decadente e o seu interior está canceroso.
Os jardins secos, as flores murchas, onde encontramos aqui e ali flocos de lixo.
A câmara ocupa um lugar imponente, num deserto de cinza que tende a alastrar por esta cidade como um cancro profundo e de dificil recuperação.
O Portuense está doente falta-lhe energia para agir, falta lhe desejo, esse vazio é ocupado por uma névoa, um medo latente, uma inércia de sofá; e quem age esbarra com o o deserto municipal, ocupado no topo por Rui Rio, que na sua superficial pureza de menino bem comportado, fere os pilares da democracia na tentativa de influenciar a criação artística portuense, ao recusar apoio a projectos que causem uma má imagem da cidade….um tema para reflectir uma má imagem, uma boa imagem…..boa ou má, são palavras profundamente autoritária que não oferecem espaço a uma imagem construtiva de evolução….porém é mesmo isso que se esvaiu pelo rio até ao imenso oceano atlântico: o desejo de construção, de inovação ,de amor pela cidade. A face, imaginemos como estará o interior: onde um dia pulsou energia agora apenas há espaço para a inércia e incompetência..

...TVD

1 comentário:

borbulha disse...

Infelizmente já somos muitos a dizê-lo mas pouco se faz. Eu não diria melhor.

Beijinhos